Museo Che Guevara de Argentina en ojos brasileños
Museu Ernesto Che Guevara na Argentina
Funcionando dentro de um mercado de pulgas (antiquário), o primeiro museu sul-americano em homenagem ao comandante Ernesto Che Guevara resiste com preciosidades históricas nas mãos de Eládio González e Irene Perpiñal, em Buenos Aires, que recebem visitantes de todas as partes do mundo de forma totalmente gratuita.
foto - Susana entre os curadores do Museu, Irene Rosa Perpiñal e Eládio González (Toto)
INV – Contem como surgiu a ideia do primeiro museu sul-americano em homenagem ao comandante Ernesto Che Guevara e como foi sua inauguração?
EG - O Museu Ernesto Che Guevara de Buenos Aires, o primeiro sul-americano, nasceu em abril de 1996, mas foi pensado em 1992 em virtude de uma mescla de situações e pessoas. Em 1992, Irene Perpiñal (minha esposa) e eu, Eládio González Toto, fomos a Cuba. Nos apaixonamos pelo povo e doei sangue para um jovem policial que não conhecia e se encontrava gravemente ferido. Deixei um recado escrito ao seu pai que o enfermo me escrevesse assim que melhorasse.
Já na Argentina, Irene começou a pedir às amigas e aos parentes roupas de bebê, remédios, sapatos, sabão, detergente e tudo o que era escasso em Cuba, que vivia o período especial, devido ao bloqueio dos EUA. Daí, enviamos 85 quilos de ajuda. O frete aéreo é caríssimo e tudo poderia ter terminado ali. Mas existe gente como Rodolfo Livingston, ex- diretor do Centro Cultural Recoleta, construtor internacional do "barrio obrero cubano" Turey en Baracoa, Guantánamo.
Província cubana que possui uma base militar onde o governo do Nobel da Paz Obama tortura atualmente dezenas de seres humanos. Livingston voltou de Cuba ciente da minha doação de sangue e propôs incluir o ocorrido em seu livro "Cuba existe, é Socialista e não está em coma". A publicação do feito, ou seja, um argentino turista que havía doado sangue ao herói Rolando Perez, nos proporcionou muitas cartas.
Eu mesmo contei 5.080 até o momento em que o computador substituiu minha velha máquina de escrever, a que eu utilizava para responder a todas as cartas. Partes de cada uma das primeiras 200 cartas estão no livro, além do nome de todos esses cubanos que nos escreveram com endereços, profissões, idade e hobbies. Todos os que leram o livro se emocionaram e passaram a se corresponder com cubanos que estavam na lista. Assim, o contato com os dois países se multiplicou. Incrivelmente, Cuba já não estava tão bloqueada.
Antes do livro, eu distribuía e divulgava por todos os lados cópias dos que nos escreveram agradecendo. Foi muito bonito romper esse isolamento. Nosso telefone estava no livro e Irene organizou centenas de pessoas que telefonavam ansiosas e recebeu em casa novos amigos que chegavam com as mãos cheias de ajuda a Cuba. Irene levou ao aeroporto de Ezeiza 800 kg de doações assim que o livro foi publicado.
No mês seguinte, foram 1.500 kg e no terceiro mês foram 3.000 kg. Foram 3 toneladas enviadas a Cuba durante 3 anos desde que vivíamos em nossa casa no bairro Paternal, na rua Espinosa 1457, a mesma aonde viveu com a esposa e os filhos um advogado peronista, Mario Yacub, que defendia militantes e em 1976 foi sequestrado, torturado, assassinado e desaparecido.
Depois de 3 anos e com três mil cartas, eu tinha muito material sobre Che Guevara e em todas as correspondências falavam sobre ele. Em abril de 1996, o General cubano Harry Villegas "Pombo" veio a Argentina dar uma conferência sobre o socialismo, propus a ele publicamente que fosse o padrinho do primeiro museu sul-americano dedicado a Che Guevara e rapidamente ele aceitou. Em outubro deste mesmo ano, o museu foi inaugurado com a presenca do doutor Alberto Granado Jiménez, amigo cordobês de Ernesto Guevara, do arquiteto Rodolfo Livingston, de Carlos Terribili, autor da pintura que se revelou nesse mesmo dia, e do historiador peronista Norberto Galasso como oradores.
INV – Falem sobre a escola de solidariedade com Cuba "Chau Bloqueo" (Tchau Bloqueio) e como ela funciona hoje?
EG - Enviamos remédios como doações através dos viajantes que ocasionalmente trabalham como correio voluntário e por vezes possuem algum cargo importante. Promovemos doações de células- tronco, sangue, órgãos. Assim aprendemos com os cubanos e também com Che Guevara, por ele ser um doutor em medicina. A solidariedade é exercida de muitas maneiras.
Além dos envios mencionados, recebemos, divulgamos e criamos todo tipo de evento que faça com que a cultura cubano-argentina esteja associada, como por exemplo recitais, apresentações de livros, conversas participativas e informativas sobre temas que são de suma importância para a humanidade, saúde, catástrofes em distintos países etc. Recebemos diariamente possíveis viajantes a Cuba de forma totalmente gratuita, diagramamos as viagens de maneira diferente, sem cair no óbvio dos pacotes já preestabelecidos aonde o viajante não pode ter acesso à alma cubana e lhes
propomos uma forma econômica e fácil de percursos onde a opção do viajante o leva a conhecer a ciência, o esporte, a política, a arte, o turismo aventureiro etc.
propomos uma forma econômica e fácil de percursos onde a opção do viajante o leva a conhecer a ciência, o esporte, a política, a arte, o turismo aventureiro etc.
Totalmente livre, sem ter que cumprir horários e datas de hotéis mediante o acesso às casas de família autorizadas, onde eles encontrarão a verdade cubana no coração dos habitantes da Ilha.
INV – Como vocês veem o comércio realizado nos países capitalistas em relação à figura do Che?
EG - Neste mundo globalizado vende-se tudo, compra-se tudo. Existe uma falta de líderes no mundo atual e inevitavelmente figuras como a de Che Guevara ficam no inconsciente coletivo. Não rechaçamos esse resgate de memória e não há maneira mais econômica para um jovem que comprar um broche, uma camiseta ou uma simples foto que leve o rosto e as mensagens escritas desse herói contemporâneo.
Os livros, agora mais que nunca, estão ao alcance da gente comum, e neles ficam a história, a vida e a obra deste grande homem dos nossos tempos. Nós, que somos mais velhos, temos a obrigação histórica, moral e comprometida de contar a verdade que foram as lutas por um mundo melhor às gerações posteriores.
INV – Como conseguiram os materiais, como fotos originais onde podemos ver o Dr. Alberto Granado junto ao Che? Que outras preciosidades podem ser vistas no museu?
EG - O mesmo doutor Alberto Granado, padrinho da inauguração do nosso museu, doou uma infinidade de materiais. Assim como pessoas comuns e anônimas, de todos os lugares, e estrangeiros, acrescentaram materiais que não se encontram facilmente, sobretudo, a respeito de Cuba. Quando souberam que fundaríamos o primeiro museu sul-americano em seu nome, artistas plásticos, músicos, colecionadores de moedas e muitos outros doaram materiais.
INV – Como as mudanças da "era Macri" afetaram a todos com os cortes e aumentos? Existe a possibilidade de retomar as atividades do museu?
EG - O museu tem resistido a situações similares, e a ideia é seguir contra o vento e a maresia.
Obviamente não agradamos a essa gente, mas estamos em todas as agendas internacionais
e nos locais turísticos, nos guias de museus de Buenos Aires e da Argentina. Todos os dias nos contactam para confirmar hora e dia de visita. Mesmo sem possuir um amplo espaço, sempre nos pedem para receber delegações e assim fazemos dentro do possível. Não existe um país que não tenha vindo através de algum visitante, e todos são bem recebidos e atendidos como merecem todos aqueles que buscam Che Guevara.
Obviamente não agradamos a essa gente, mas estamos em todas as agendas internacionais
e nos locais turísticos, nos guias de museus de Buenos Aires e da Argentina. Todos os dias nos contactam para confirmar hora e dia de visita. Mesmo sem possuir um amplo espaço, sempre nos pedem para receber delegações e assim fazemos dentro do possível. Não existe um país que não tenha vindo através de algum visitante, e todos são bem recebidos e atendidos como merecem todos aqueles que buscam Che Guevara.
INV - Deixem uma mensagem aos leitores do Inverta, além do contato com o endereço do museu.
IP - Todos aqueles que chegam buscando Che, através do seu fundador Eládio González Toto, é porque traz Che consigo, vêm por ele e com ele, e aqui o encontrará mais vivo que nunca. É nossa humilde e fácil missão e assim sentimos, acreditamos e sabemos muito bem que é justamente dessa forma, quase escondida, que esta casa museu, falante e vigorosa, desarrumada e clandestina, seria o que Che escolheria para seguir buscando e criando seu sonho do "novo homem".
Museo " ERNESTO CHE GUEVARA " de Caballito, CABA
calle Rojas 129, esq. Yerbal, Buenos Aires (AAC 1405) Argentina
Visitas segunda à sexta de 10 a 19h. – entrada livre e gratuita
Registro doadores voluntários de Células Mãe (INCUCAI)
calle Rojas 129, esq. Yerbal, Buenos Aires (AAC 1405) Argentina
Visitas segunda à sexta de 10 a 19h. – entrada livre e gratuita
Registro doadores voluntários de Células Mãe (INCUCAI)
en este link verás el video sobre nuestro museo.
Izquierdista entusiasta, y a su forma, compañero revolucionario Eladio Gonzalez muestra el contenido de su afamado museo Che Guevara en Caballito, Buenos Aires..
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Escuela de Solidaridad con Cuba " CHAUBLOQUEO "
Coordinador ex Mesa Vecinal Participativa en Seguridad de Caballito
Tel. 4 903 3285 Irene Rosa Perpiñal - Eladio González (Toto)
Blog accidentes - http://nomuertesevitables.blogspot.com protege a hijos y nietos
Lea libro Cuba Existe, es Socialista y No está en Coma del Arq. Rodolfo Livingston en http://estudiolivingston.com.ar/libros/cubaexiste.php y emocionate.
en Sao Paulo Brasil buscá http://museuvirtualcheguevara.blogspot.com.br/"
Tango nuestro baile https://www.facebook.com/manuel.gonzalezmeg?hc_ref=NEWSFEED
¡ Salven a los argentinos !..... "las ballenas".
Por Susana Savedra
De: Susy Savedra [mailto:susydoteatro@gmail.com]
Enviado el: viernes, 14 de octubre de 2016
saludo y pedido
Enviado el: viernes, 14 de octubre de 2016
saludo y pedido
Hola querido Eladio y querida Irene, el sitio esta acá:
Yo difundí en facebook y a la gente de la redacción le gustó mucho. Yo tengo los impresos para darles a ustedes pero pasa que todavía no fui a Buenos Aires porque estoy muy atareada acá pero pienso en irme este año aún.
Saludos de la compañera de Brasil, SUSY