lunes, 17 de octubre de 2016

Museu Ernesto Che Guevara na Argentina INVERTA Susana Savedra Buenos Aires barrio Caballito Eladio González Toto Irene Perpiñal

Museo Che Guevara de Argentina en ojos brasileños

Museu Ernesto Che Guevara na Argentina

Funcionando dentro de um mercado de pulgas (antiquário), o primeiro museu sul-americano em homenagem ao comandante Ernesto Che Guevara resiste com preciosidades históricas nas mãos de Eládio González e Irene Perpiñal, em Buenos Aires, que recebem visitantes de todas as partes do mundo de forma totalmente gratuita.

foto -  Susana entre os curadores do Museu, Irene Rosa Perpiñal e Eládio González (Toto)

INV – Contem como surgiu a ideia do primeiro museu sul-americano em homenagem ao comandante Ernesto Che Guevara e como foi sua inauguração?
EG - O Museu Ernesto Che Guevara de Buenos Aires, o primeiro sul-americano, nasceu em abril de 1996, mas foi pensado em 1992 em virtude de uma mescla de situações e pessoas. Em 1992, Irene Perpiñal (minha esposa) e eu, Eládio González Toto, fomos a Cuba. Nos apaixonamos pelo povo e doei sangue para um jovem policial que não conhecia e se encontrava gravemente ferido. Deixei um recado escrito ao seu pai que o enfermo me escrevesse assim que melhorasse.

Já na Argentina, Irene começou a pedir às amigas e aos parentes roupas de bebê, remédios, sapatos, sabão, detergente e tudo o que era escasso em Cuba, que vivia o período especial, devido ao bloqueio dos EUA. Daí, enviamos 85 quilos de ajuda. O frete aéreo é caríssimo e tudo poderia ter terminado ali. Mas existe gente como Rodolfo Livingston, ex- diretor do Centro Cultural Recoleta, construtor internacional do "barrio obrero cubano" Turey en Baracoa, Guantánamo.
Província cubana que possui uma base militar onde o governo do Nobel da Paz Obama tortura atualmente dezenas de seres humanos.  Livingston voltou de Cuba ciente da minha doação de sangue e propôs incluir o ocorrido em seu livro "Cuba existe, é Socialista e não está em coma".   A publicação do feito, ou seja, um argentino turista que havía doado sangue ao herói Rolando Perez, nos proporcionou muitas cartas. 

Eu mesmo contei 5.080 até o momento em que o computador substituiu minha velha máquina de escrever, a que eu utilizava para responder a todas as cartas. Partes de cada uma das primeiras 200 cartas estão no livro, além do nome de todos esses cubanos que nos escreveram com endereços, profissões, idade e hobbies.   Todos os que leram o livro se emocionaram e passaram a se corresponder com cubanos que estavam na lista.   Assim, o contato com os  dois países se multiplicou.   Incrivelmente, Cuba já não estava tão bloqueada.

Antes do livro, eu distribuía e divulgava por todos os lados cópias dos que nos escreveram agradecendo. Foi muito bonito romper esse isolamento. Nosso telefone estava no livro e Irene organizou centenas de pessoas que telefonavam ansiosas e recebeu em casa novos amigos que chegavam com as mãos cheias de ajuda a Cuba. Irene levou ao aeroporto de Ezeiza 800 kg de doações assim que o livro foi publicado.

No mês seguinte, foram 1.500 kg e no terceiro mês foram 3.000 kg. Foram 3 toneladas enviadas a Cuba durante 3 anos desde que vivíamos em nossa casa no bairro Paternal, na rua Espinosa 1457, a mesma aonde viveu com a esposa e os filhos um advogado peronista, Mario Yacub, que defendia militantes e em 1976 foi sequestrado, torturado, assassinado e desaparecido.

Depois de 3 anos e com três mil cartas, eu tinha muito material sobre Che Guevara e em todas as correspondências falavam sobre ele. Em abril de 1996, o General cubano Harry Villegas "Pombo" veio a Argentina dar uma conferência sobre o socialismo, propus a ele publicamente que fosse o padrinho do primeiro museu sul-americano dedicado a Che Guevara e rapidamente ele aceitou. Em outubro deste mesmo ano, o museu foi inaugurado com a presenca do doutor Alberto Granado Jiménez, amigo cordobês de Ernesto Guevara, do arquiteto Rodolfo Livingston, de Carlos Terribili, autor da pintura que se revelou nesse mesmo dia, e do historiador peronista Norberto Galasso como oradores.

INV – Falem sobre a escola de solidariedade com Cuba "Chau Bloqueo" (Tchau Bloqueio) e como ela funciona hoje?
EG - Enviamos remédios como doações através dos viajantes que ocasionalmente trabalham como correio voluntário e por vezes possuem algum cargo importante. Promovemos doações de células- tronco, sangue, órgãos. Assim aprendemos com os cubanos e também com Che Guevara, por ele ser um doutor em medicina. A solidariedade é exercida de muitas maneiras.
Além dos envios mencionados, recebemos, divulgamos e criamos todo tipo de evento que faça com que a cultura cubano-argentina esteja associada, como por exemplo recitais, apresentações de livros, conversas participativas e informativas sobre temas que são de suma importância para a humanidade, saúde, catástrofes em distintos países etc.   Recebemos diariamente possíveis viajantes a Cuba de forma totalmente gratuita, diagramamos as viagens de maneira diferente, sem cair no óbvio dos pacotes já preestabelecidos aonde o viajante não pode ter acesso à alma cubana e lhes
propomos uma forma econômica e fácil de percursos onde a opção do viajante o leva a conhecer a ciência, o esporte, a política, a arte, o turismo aventureiro etc.

Totalmente livre, sem ter que cumprir horários e datas de hotéis mediante o acesso às casas de família autorizadas, onde eles encontrarão a verdade cubana no coração dos habitantes da Ilha.

INV – Como vocês veem o comércio realizado nos países capitalistas em relação à figura do Che?
EG - Neste mundo globalizado vende-se tudo, compra-se tudo. Existe uma falta de líderes no mundo atual e inevitavelmente figuras como a de Che Guevara ficam no inconsciente coletivo. Não rechaçamos esse resgate de memória e não há maneira mais econômica para um jovem que comprar um broche, uma camiseta ou uma simples foto que leve o rosto e as mensagens escritas desse herói contemporâneo.
Os livros, agora mais que nunca, estão ao alcance da gente comum, e neles ficam a história, a vida e a obra deste grande homem dos nossos tempos. Nós, que somos mais velhos, temos a obrigação histórica, moral e comprometida de contar a verdade que foram as lutas por um mundo melhor às gerações posteriores.

INV – Como conseguiram os materiais, como fotos originais onde podemos ver o Dr. Alberto Granado junto ao Che? Que outras preciosidades podem ser vistas no museu?
EG - O mesmo doutor Alberto Granado, padrinho da inauguração do nosso museu, doou uma infinidade de materiais. Assim como pessoas comuns e anônimas, de todos os lugares, e estrangeiros, acrescentaram materiais que não se encontram facilmente, sobretudo, a respeito de Cuba.   Quando souberam que fundaríamos o primeiro museu sul-americano em seu nome, artistas plásticos, músicos, colecionadores de moedas e muitos outros doaram materiais.

INV – Como as mudanças da "era Macri" afetaram a todos com os cortes e aumentos? Existe a possibilidade de retomar as atividades do museu?
EG - O museu tem resistido a situações similares, e a ideia é seguir contra o vento e a maresia.
Obviamente não agradamos a essa gente, mas estamos em todas as agendas internacionais
e nos locais turísticos, nos guias de museus de Buenos Aires e da Argentina. Todos os dias nos contactam para confirmar hora e dia de visita. Mesmo sem possuir um amplo espaço, sempre nos pedem para receber delegações e assim fazemos dentro do possível. Não existe um país que não tenha vindo através de algum visitante, e todos são bem recebidos e atendidos como merecem todos aqueles que buscam Che Guevara.

INV - Deixem uma mensagem aos leitores do Inverta, além do contato com o endereço do museu.
IP - Todos aqueles que chegam buscando Che, através do seu fundador Eládio González Toto, é porque traz Che consigo, vêm por ele e com ele, e aqui o encontrará mais vivo que nunca. É nossa humilde e fácil missão e assim sentimos, acreditamos e sabemos muito bem que é justamente dessa forma, quase escondida, que esta casa museu, falante e vigorosa, desarrumada e clandestina, seria o que Che escolheria para seguir buscando e criando seu sonho do "novo homem".

Museo " ERNESTO CHE GUEVARA " de Caballito, CABA
calle Rojas 129, esq. Yerbal, Buenos Aires (AAC 1405) Argentina
Visitas segunda à sexta de 10 a 19h. – entrada livre e gratuita
Registro doadores voluntários de Células Mãe (INCUCAI)

en este link verás el video sobre nuestro museo.
Izquierdista entusiasta, y a su forma, compañero revolucionario Eladio Gonzalez muestra el contenido de su afamado museo Che Guevara en Caballito, Buenos Aires..
Escuela de Solidaridad con Cuba " CHAUBLOQUEO "
Coordinador ex Mesa Vecinal Participativa en Seguridad de Caballito
Tel.  4 903 3285   Irene Rosa Perpiñal  -  Eladio González (Toto)  
email -  museocheguevara@fibertel.com.ar      
Blog accidentes  -  http://nomuertesevitables.blogspot.com  protege a hijos y nietos
Lea libro Cuba Existe, es Socialista y No está en Coma del Arq. Rodolfo Livingston en http://estudiolivingston.com.ar/libros/cubaexiste.php  y emocionate.
en Sao Paulo Brasil buscá  http://museuvirtualcheguevara.blogspot.com.br/"
¡ Salven a los argentinos !.....   "las ballenas".

Por Susana Savedra

De: Susy Savedra [mailto:susydoteatro@gmail.com]
Enviado el: viernes, 14 de octubre de 2016
saludo y pedido
Hola querido Eladio y querida Irene, el sitio esta acá:
Yo difundí en  facebook y a la gente de la redacción le gustó mucho. Yo tengo los impresos para darles a ustedes pero pasa que todavía no fui a Buenos Aires porque estoy muy atareada acá pero pienso en irme este año aún.
Saludos de la compañera de Brasil, SUSY